A festa da cabeça

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Da fusão da palavra "bó", que em ioruba significa oferenda, com "ori", que quer dizer cabeça, surge o termo "bori", que literalmente traduzido significa “Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode–se afirmar que o bori é uma iniciação à religião, a grande iniciação sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de iniciação ao sacerdócio.

Cada pessoa, antes de nascer, escolhe o seu ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido suas próprias potencialidades. "Odu" é o caminho pelo qual se chega à plena realização de orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas do outro. Cada um, como ensina Orunmilá, deve ser grande em seu próprio caminho, pois, embora se escolha o ori antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.

Os mais antigos souberam que Ajalá é o orixá funfun responsável pela criação de ori. Dessa forma, ensinaram – nos que Oxalá sempre deve ser evocado na cerimônia de bori. Yemanja é a mãe da individualidade e por essa razão está diretamente relacionada a orí, sendo imprescindível a sua participação no ritual.

O bori prepara a cabeça para que o orixá possa se manifestar plenamente. Há um provérbio nagô que diz: É o bori que torna a cabeça boa.

ORIXÁ COMEÇA COM ORI.

1 Flâneurs:

Anônimo disse...

Ae hermanita!!!!

Beabá do saravá!!!!

Beijooo