Música para o silêncio

domingo, 29 de novembro de 2009



(Eu ando tão cansada...)

Antes que a terra nos coma!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Antes que o maldito espírito (de porco) natalino invada a cidade e os corações...



Porque pensar não dói!

Para poucos

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Reta final do Brasileirão, coisa de gente grande, coisa de gente que sabe brincar. Não é pra qualquer um!!!


Morumbi: SPFC x Flamengo, setembro/2008
Assim como tantas outras coisas na vida... não é pra qualquer um!

Dançando no escuro

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Meu primeiro pensamento na hora que as luzes se apagaram repentinamente foi "será que eu trouxe cheque? Cartão não vai rolar...". No caminho as rádios FMs estavam fora do ar e foi então que eu percebi que a coisa estava muito estranha.
O porteiro abrindo o portão da garagam falou "É, D. Syntia, parece que até no RJ acabou a energia!".
E ainda assim a tecnologia é supreendente e eu conseguia usar o notebook - com bateria - e a internet sem fio. Era como ter internet no ano de 1900: água pro banho esquentada no fogo, iluminação por velas, medo de faltar água, porque a bomba do prédio não estava funcionando.

Mas o pior estava na rua... A polícia aconselhava que as pessoas não saissem na rua. E chega uma informação que estava tendo arrastão no Anhangabau. E a ambulância está na rua por causa do acidente de carro. Gritos subiam da rua, pessoas dormindo na calçada, uma mulher morta e os ônibus elétricos que circulam no centro abandonados no meio da rua. Estavamos no "Ensaio sobre a cegueira"...


9 de Julho
Av. São João

Praça da Sé

Prefeitura


Av. Paulista
Fotos: UOL

E meu registro da realização do meu sonho de natal: a Paulista sem os malditos enfeites natalinos e nem Papai Noel.

Continuando contra a Uni-Taleban

terça-feira, 10 de novembro de 2009

É preciso fazer piada, mesmo, porque alguma coisa precisa ser feita e quem sabe por passar vergonha as pessoas mudem a atitude.





Uniban, USP... uniformidade da miséria

domingo, 8 de novembro de 2009

Deus é um cara gozador, adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da miséria, eu nasci brasileiro
Chico Buarque - "Partido Alto"

A cada dia que passa essa música do Chico faz mais sentido. Brasil, país da miséria!
Miséria por causa da fome... 30% dos brasileiros, 50 milhões, ganha 80 reais por mês!!!! 80 reais por mês no país que tem o SÉTIMO PIB DO MUNDO!!!! Não, o Brasil não é um país pobre, mas um país (rico) de pobres... ou melhor, miseráveis!

E a miséria moral, então?! E a miséria intelectual que assola esse país e me faz ter MEDO do futuro (medo do que vai ser a Copa e as Olimpíadas por aqui...). Garcia Lorca dizia que o barulho da barriga roncando ensurdece os ouvidos... ele tinha toda a razão, como estudar se a barriga não pára de roncar?
Mas e se a miséria intelectual na verdade for uma epidemia??? Prefiro pensar em epidemia, doença, por medo de ver que a miséria intelectual do Brasil na verdade "está na moda"!!!!!
Sim, moda!!!! Vamos falar de miséria intelectual e moda! Afinal, por causa do modo de se vestir uma mulher foi humilhada, correu risco de sofrer agressões físicas (e sexuais) e depois disso tudo FOI EXPULSA PELA UNIVERSIDADE na qual estudava. Sim, estou falando de Geisy Arruda que estudava na Uniban...

"Ao expulsar essa menina, a universidade assina seu atestado de incompetência", não sou só eu que penso assim, mas também Samantha Buglione, coordenadora do Cladem (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher) no Brasil.

Qualquer idiota pagante pode "fazer uma facul" nessas unimerdas, o que na verdade quer dizer ir pra "facul", encontrar os amigos, seguir pro bar da esquina e encher a cara. Mas eu devia achar isso bom, , afinal, movimenta a economia!!! Um mercenário resolve encher o cu de dinheiro e abre uma unimerda, um bando de idiotas paga por uma coisa que mais se parece com um clube de encontro de semianalfabetos e o comércio de alimentação, bebidas e drogas ilícitas se aquece na região da unimerda!

Mas o melhor é o exemplo que vem da ELITE INTELECTUAL DO BRASIL! Na USP, a reitora Suely Vilela é acusada de plágio! Sim, plágio!!! Sim, a reitora da USP, da universidade mais importante da América Latina é acusada de públicar trabalhos que são cópias!!! Se a casa grande se comporta dessa maneira, o que esperar da senzala, não é mesmo?!

Exatamente na mesma semana da morte de Lévi-Strauss. Sorte dele que morreu antes de ver a que ponto chegou a universidade que ele ajudou a criar. Sorte dele que morreu antes de ver o que ainda está por vir... sim, porque estamos sentados sobre barris de pólvora: um milhão de unimerdas por aí proliferando a miséria que vem de "cima".

O Brasil só tem uma saída: O AEROPORTO!!!!!!

Adeus antropológico

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ficamos vivendo nossas vidinhas esperando por momentos extraordinários, com a impressão de que muitas vezes nada acontece. Mas as coisas vão acontecendo por mais que a gente não perceba.
E agora se foi Lévi-Strauss (não, não estou falando da marca de calças jeans!!!). Não sou do tipo de gente que não espera pela morte, que vê as coisas e pessoas como imortais, mas é muito assustador quando os bons se vão. E neste ano já tinha ído Pina Baush... O antropólogo e velhinho ia aniversariar no final do mês. É, é uma pena!!!!

Em 1999, quando entrei no curso de Ciências Sociais, nunca imaginava que esses "homens-livro" mudariam tanto minha vida. Nunca fui muito fã dos estudos sobre índios, mas Lévi-Strauss é fundamental! Fundamental para entender as funções sociológicas dos mitos, as relações de parentesco, o quanto é triste nossos trópicos e até pra entender Caetano Veloso quando ele diz que a Baia de Guanabara "pareceu-lhe uma boca banguela", na música "Estrangeiro".

Não consigo entender quem passa pelas ciências sociais e não se encanta pela antropologia... eu escolhi seguir com os estudos em política, mas até hoje a antropologia é aquela tia bacana que me explica as coisas de uma maneira mais próxima do que explicam os pais.

“O antropólogo é o astrônomo das ciências sociais: ele está encarregado de descobrir um sentido para as configurações muito diferentes, por sua ordem de grandeza e seu afastamento, das que estão imediatamente próximas do observador.” - “Anthropologie Structurale”, 1967.